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Mostrando postagens de 2018

No mundo de Rodrigo de Castro

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A arte me ensinou mais do que apreciá-la. Ela me ensinou canções que me lembram pessoas queridas, estejam por aqui ou já tenham partido. Ela me ensinou que o olhar faz toda a diferença, durante uma apreciação. Ela me ensinou que refletir sobre o que nos constrange e limita é uma forma de nos recompor e transpor barreiras.  A arte me ensinou a pensar. Ensinou-me a ser. Continuo a aprender com ela. A arte importa.  Por conta do meu envolvimento com a música e a literatura, tive a sorte de fazer amigos que me inspiram, humana e artisticamente, o tempo todo. Às vezes, uma conversa sobre banalidades se torna uma descoberta, um início de criação, uma cumplicidade no pensamento. Nesse patamar dos criadores, está um amigo muito querido, Rodrigo de Castro, que lançou seu primeiro livro, sábado passado.  Músico, acostumado à criação de letras para canções. Artista, de quem as obras me encantam profundamente. O olhar é destaque da obra, mas o compositor assumiu o poeta e lan

Aos que nos ensinam a aprender

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Conheço alguns professores. Há algo neles que me deixa admirada, não apenas pela dedicação em ensinar, mas também pela capacidade deles de reconhecer em seus alunos o caminho a seguir para que eles aprendam o ensinado. Sei que isso é bem complicado com as salas de aula cheias... prestar atenção em cada aluno e entender que há diferença na forma como eles aprendem. Encontrar opções mais abrangentes, que vão além do ensino padronizado, porém, atendendo ao programa de ensino. Mas é isso... às vezes, precisamos que aquele que nos guia entenda que somos diferentes da maioria. Que é preciso trabalho extra para que alcancemos aquele entendimento. Ensinar é de uma lindeza sem fim. Tive a sorte de ter professores admiráveis, mas nem sempre na sala de aula. Professores que a vida me apresentou. Na sala de aula, posso citar duas professoras que conseguiram entender como eu funcionava, e me ajudaram a aprender, em um momento em que olhar para os lados era um problema para mim. Dona Bea

O dia em que Kleber Albuquerque leu o que estava escrito no muro

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Lembro-me de quando li o título daquele disco, pela primeira vez. Minha cachola, toda enredada nos tantos pensamentos pulsantes que abriga, aquietou-se por um instante, dedicando-se ao lido: Para a Inveja dos Tristes . Uns segundos depois, ela, a minha cachola, descarrilou punhados de pensamentos diversos novamente e me peguei imaginando que aquele daria um ótimo título para um livro. Que história contaria? Como seriam seus personagens? Em quais paragens eles estariam? O que, de fato, causaria inveja nos tristes? Uma tristeza menor, que provocasse nos tristes o desejo de senti-la? Uma alegria retumbante, das de deixar qualquer triste morrendo de vontade de ser feliz? O disco era um apanhado de histórias que me agradou escutar. Daria um livro, mas era disco, dos que moram na minha preferência. Para mim, quem consegue silenciar meus pensamentos, ainda que por segundos, e com tão poucas palavras, e em seguida me inspirar tantas possibilidades, não apenas chama a minha atenção,

Meu afeto pelos filmes e Alan Parker

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Eu sempre gostei de filmes. Menina, costumava assistir a qualquer um que passasse na tevê, mas não os de terror. Esses sempre me deixavam meio agoniada, então os evitava. Eu os evito até hoje, apesar de abrir exceções para certos atrevimentos. Não era apenas entretenimento. Eu queria mais daqueles filmes. Eu queria entender como eles funcionavam. Minha curiosidade se apegava aos detalhes: de onde veio a ideia para aquele determinado diálogo? Por que a câmera olha para os atores daquele jeito? Qual o motivo para aquela coreografia de gestos dos atores? Que cores são aquelas? De onde ele tirou aquele olhar? De onde veio o suspiro dela? E aquelas lágrimas? Aqueles sorrisos? Aquela violência? Aquela sala apinhada de sabe-se lá o quê? Aquele silêncio prefaciando um grito? Há duas coisas que eu estudaria, se a minha vida já não se atrapalhasse durante as 24 horas do dia: cinema e violoncelo. Apesar de achar muito interessante alguns filmes em que o foco são os efeitos especi