Postagens

Mostrando postagens de 2013

A esperada estreia da série Dracula

Imagem
The Blood Is The Life  é o episódio de estreia da série Dracula , que foi ao ar na última sexta-feira, dia 25/10, nos Estados Unidos. Estrelada por Jonathan Rhys Meyers, é baseada na obra de Bram Stocker, e a única série no ar sobre vampiros que não se passa na atualidade. No final do século dezenove, Drácula/Alexander Grayson/Vlad Tepes chega a Londres como um empresário americano visionário, que tem como meta apresentar a ciência moderna à sociedade vitoriana, enquanto planeja se vingar dos responsáveis pela morte de sua esposa. Seu principal interesse é na iluminação, ou seja, não precisar mais evitar o sol. Tudo parecia estar muito bem planejado e decidido, até que ele conhece uma mulher que pode ser a reencarnação de sua esposa a ser vingada. Os produtores da série buscam trazer o Drácula sedutor da história de Bram Stocker ao cenário. Acredito que acertaram ao escolher Meyers para interpretá-lo. Ator de grande talento, habituado a interpretar personagens complexo

James Spader e a sua Blacklist

Imagem
Um anti-herói pode ser muito mais interessante, justamente pelas características que os diferem dos heróis clássicos. Um anti-herói é um personagem que costuma fazer quase sem querer, como se fosse o efeito colateral de escolhas egoístas, que sempre visam o benefício próprio, ou aguçam o seu interesse.  No mundo das séries, por exemplo, temos House, Dexter e aquele que tinha tudo para ser herói, mas escolheu ser anti-herói, Mr. White, de Breaking Bad . As séries desses protagonistas acabaram, mas jamais os esqueceremos, porque eles fizeram bom uso do título de anti-herói. The Blacklist The Blacklist gira em torno de um ex-agente do governo que acaba como um dos fugitivos mais procurados pelo FBI, por ter se tornado um facilitador para os negócios de criminosos de todo o mundo. James Spader interpreta Raymond “Red” Reddington, que se oferece ao FBI para ajudar a capturar alguns dos criminosos para os quais presta serviços. A princípio, os agentes do FBI acreditam que tenham

Trama interessante, belas canções e ótimas interpretações em Nashville

Imagem
Eu adoro música, isso é fato que, se você já deu uma passadinha pelo  Talhe , antes de agora, deve ter percebido. Por isso, além dos discos e DVDs, eu também busco a música em filmes e séries de televisão. Ainda assim, deixei passar a primeira temporada de  Nashville , simplesmente porque não conheço muito sobre country music, que é, definitivamente, um dos personagens principais da série. Porém, não posso reclamar. Confesso que assistir  Nashville , os 21 episódios, de uma tacada só, foi muito mais bacana do que se tivesse de esperar pela semana seguinte, pelo próximo episódio. E essa jornada foi dura... Dormir apenas duas horas por noite, já que as outras estavam tomadas pela série. A essa altura, vocês já devem ter percebido que eu me apaixonei pela série. E não haveria como ser diferente. Como amante da música, que vive cercada por ela, Nashville traz belas composições, muito bem executadas, intérpretes de primeira linha e, de quebra, a trama é muito bem amarrada.

Faroeste Caboclo é cinema de primeira

Imagem
Eu não fui fã de carteirinha da banda Legião Urbana.  O pouco que conheço, é pelo sucesso das músicas, nos anos oitenta, e com a releitura de certas canções por diversos artistas brasileiros. Sim, eu achava o Renato Russo interessante, e muito. Fui uma das pessoas que admirou a sua coragem em ir além, de não ter pudores artísticos. Por esse motivo, pela minha distância musical da Legião Urbana, assistir ao  Faroeste Caboclo foi uma experiência quase que exclusivamente cinematográfica. Obviamente, lembrei-me de alguns trechos da canção. Só que,durante o filme, isso realmente não fez diferença. Faroeste Caboclo é um filme digno de levar grandes prêmios. Claro que a genialidade de Renato Russo em criar uma história-canção como a de João de Santo Cristo e Maria Lúcia, uma história-canção de amor nascida para um final nada feliz, está lá. Porém, os roteiristas Marcos Bernstein (O Outro Lado da Rua) e Victor Atherino criaram uma história para cinema, transpondo para a tela,

TOC com um toque de comédia

Imagem
No texto que escrevi sobre o espetáculo Conexão Marilyn Monroe , manifestei meu desejo profundo por continuar a conhecer o trabalho de Alexandre Reinecke. Por esse motivo, recebi um gentil convite do João Bourbonnais para assistir ao  TOC TOC , do qual ele faz parte do elenco.  Com texto do francês Laurent Baffie, TOC TOC é o espetáculo com direção de Reinecke que está há mais tempo em cartaz. São cinco anos no circuito. Claro que aceitei o convite, e a prova de que vou continuar me embrenhando no universo de Alexandre Reinecke é esse post . Mais que isso, fiquei muito feliz em conhecer o trabalho de atores que ainda não conhecia. O teatro tem sido tão gentil comigo quanto o João foi ao me fazer o convite. ANTES DAS GARGALHADAS VEM O PAPO SÉRIO Os transtornos mentais são tratados com certo receio fora do ambiente médico. Ter um transtorno mental, na popularização do entendimento, é ser louco. E neste caso, ainda que a pessoa também seja um gênio – quem não se le

TAP | O ritmo de Gregory Hines

Imagem
Na minha lista de preferidos, há uma série dedicada somente aos filmes que têm a música como tema, às vezes, como personagem.  TAP - A dança de suas vidas  (1989) foi escrito e dirigido por Nick Castle, conta a história de Max Washington (Gregory Hines), que acaba de sair da prisão e tem de decidir qual das suas profissões irá assumir: a de ladrão ou a de sapateador. Castle é roteirista de outro filme com música do qual gosto muito,  O Som do Coração  (August Rush/2007). Antes de me aprofundar na história de Max, devo dizer que Gregory Hines me ganhou já na primeira cena do filme. Depois de TAP , esse sapateador talentosíssimo e ator de grandes filmes como The Cotton Club (1984), de Francis Ford Coppola, e O Sol da Meia-Noite (1985), de Taylor Hackford, passou a fazer parte da leva de atores das quais assisto tudo o que aparece. Clayton Cameron  foi baterista da banda de Sammy Davis, Jr. durante muito tempo. Foi tocando em cassinos com o dançarino, cantor e ator que C

A arte de vender o invendável

Imagem
Imagine você atendendo a porta, dando de cara com uma pessoa que, nos moldes dos mais bem qualificados vendedores de porta em porta, apresenta-lhe um produto inovador, que dá de dez, de mil, de cem mil em produtos de beleza, assinaturas de revista ou tevê a cabo, em monólogo religioso com direito a panfletinho, de oportunidade de fazer faculdade online. Um produto tão especial, mas tão especial que nem mesmo você imaginava o quanto necessitava dele, até esse momento, quando um vendedor bate a sua porta para lhe vender uma raridade: ilusões. Ludomar Orni, sujeito amargurado, mas agarrado à possibilidade de uma vida menos ferrada, personagem do romance Exercícios Ilusórios , de Osvaldo Rodrigues, não bate literalmente à porta das pessoas, mas vai logo se embrenhando na realidade delas, retocando suas biografias, sem atentar para as consequências do seu intrometimento.  Trata-se de um vendedor peculiar, que se deu por satisfeito de andar ao ritmo de uma realidade rasa, e que tenta

Conexão Marilyn Monroe: para assistir, rir e pensar

Imagem
A MINHA CONEXÃO COM O ESPETÁCULO Acredito que a comédia é uma ferramenta poderosa para uma crítica social, política, comportamental, enfim, uma boa crítica. Quem consegue arrancar gargalhadas do outro sem tirar do enredo o significado e a importância do que é abordado, certamente merece que lhe tirem o chapéu. E digo isso como quem morre de inveja de quem consegue fazer isso. Meus personagens mais cômicos parecem nascidos do humor negro emburrado. Infelizmente, não são todos os que se apossam da comédia que sabem fazê-la funcionar decentemente. E infelizmente – parte II, muitos se acham mestres da comédia, alimentando mais o ego do que a própria arte. Para os espectadores, resta o bom senso de escolher uma obra que não lhes trate como idiotas. Porque apesar de nos fazer rir como doidos, quando sob a batuta de um bom criador, ela pode nos tornar mais sábios a respeito de temas que, em conversas cotidianas, jamais poderíamos abordar com a crueza que a comédia permite. An

Para não estar só no fim do mundo

Imagem
Eu gosto muito de Steve Carell. Minha preferência são pelos filmes em que ele está com os pés quase no drama. Compreendi isso ao assistir Eu, Meu Irmão e Nossa Namorada (Dan In Real Life/2007). Carell tem suas tiradas, mas elas são refinadas. É quase possível sentir o peso da questão do momento por meio de suas feições, mas nada é escancarado quando o tema é mais sério. Neste caso, ele ter se apaixonado pela namorada do irmão. Eu, meu irmão e nossa namorada Em comédias dramáticas, Carell está sempre acompanhado de atores que o ajudam a manter a bola no alto. Em Eu, Meu Irmão..." seus companheiros de cena são o ator e comediante Dane Cook, que interpreta o irmão, e Juliette Binoche como a namorada do irmão. Ter um ator com experiência em comédia e uma atriz em drama é o que permite a Carell fazer o papel dele sem se preocupar em atender a um dos lados. É o que permite brincar com o humor e o drama. E isso ele faz muito bem. Assisti ao Procura-se um amigo para o

Visível e belo

Imagem
Algumas obras são catárticas, visto que o tema já foi pra lá de esmiuçado, mas alguém o desfiou de maneira muito mais interessante e certeira na compreensão. Como em As vantagens de ser invisível  (The perks of being a wallflower/2012), um filme de Stephen Chbosky que foi muito feliz em adaptar para o cinema o seu livro, cuidando do roteiro e da direção. Charlie (Logan Lerman) é um jovem às voltas com seus fantasmas. Recentemente, seu único amigo se suicidou. Também traz resquícios da época em que uma das pessoas mais importantes da sua vida, sua tia, morreu em um acidente. Os traumas que sofreu levaram Charlie a se tornar uma pessoa extremamente solitária, e a sua entrada no ensino médio amplifica a sua solidão. Inteligente, com a ideia de se tornar escritor, encontra em seu professor de literatura um ponto de apoio. Chbosky poderia, facilmente, cair no clichê de apenas narrar as problemáticas de um jovem como Charlie em sua jornada escolar. Poderia ter mergulhado nos as

Belíssimo filme sobre dois homens incríveis

Imagem
  2 Filhos de Francisco , que conta a história de Zezé Di Camargo e Luciano, foi lançado em 2005 e se tornou um grande sucesso da carreira de Breno Silveira. Quando lhe ofereceram esse projeto, ele não aceitou, não queria ficar marcado como biógrafo da telona. Foi após ler as transcrições, e então escutar as fitas em que Gonzaguinha entrevista o pai, que ele decidiu dirigir Gonzaga – De Pai Pra Filho . Fica fácil entender o motivo dessa aceitação. A ideia de um filho entrevistando o pai a fim de conhecê-lo melhor, de conhecer partes obscuras da própria história, seria uma grande ideia para um filme de ficção. O fato de ser real, de fazer parte da história de dois ícones da música brasileira, torna o enredo ainda mais atraente. Breno Silveira só aceitou esse projeto pelo conflito, pelo teor cinematográfico da história de vida de Luiz Gonzaga e Gonzaguinha, e criou uma obra de arte em homenagem a esses dois homens tão complexos, vivendo uma relação tão delicada. A música tec

Conexão e liberdade

Imagem
Semana passada - eu ainda férias e brincando com o controle remoto da televisão -, vi um crítico de cinema dizer que A viagem (Cloud Atlas/2012), que estreou esse mês no Brasil, era um filme legal, mas cansativo, longo demais. Também disse que, por conta de os atores interpretarem mais de um papel, havia uma grande falha na maquiagem, já que nem sempre ele conseguia reconhecer o ator ou a atriz que estava representando determinado papel. O que ele não disse – ou no que ele não prestou atenção – é que a estranheza com a caracterização e a duração do filme de quase três horas, não impedem que A viagem seja um belo filme. Com roteiro e direção dos irmãos Andy e Lana Wachowski, responsáveis pela trilogia Matrix , e de Tom Tykwer , de Corra, Lola, Corra , A viagem é uma adaptação do romance de David Mitchell. Entre os atores que interpretam os personagens principais estão Tom Hanks, Halle Berry, Jim Broadbent, Hugo Weaving, Jim Sturgess, Doona Bae, Ben Wishaw e James D’Arcy.