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Mostrando postagens de dezembro, 2011

Inquietos

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Gus Van Sant é um diretor que agrada a todos, de Hollywood ao cenário independente do cinema, e sem perder a sua identidade. Os seus filmes implicam em uma jornada interior, independente da história ou de onde vivem os seus personagens. A delicadeza é presente em temas pesados, como em Garotos de Programa (My Own Private Idaho/1991) e Encontrando Forrester (Finding Forrester/2000). Em Inquietos (Restless/2011) não é diferente. Gus Van Sant faz a sua mágica, fazendo surgir, em um filme que trata de grandes perdas, a beleza de um gostar honesto, vibrante e adepto da imaginação. Annabel Cotton (Mia Wasikowska) e Enoch Brae (Henry Hopper) se conhecem em um funeral. Ela conhece o falecido, mas ele não. Para Enoch, ir a funerais alheios se tornou uma tarefa cotidiana. Annabel é paciente terminal de câncer, com uma expectativa de vida de três meses. Ao saber disso, Enoch se propõe a acompanhá-la até o seu encontro com a morte. Mia e Henry estão confortáveis nos papéis de A

O amante secreto

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Este é um filme que eu assistirei sempre que precisar de um tanto de poesia na minha realidade. Apesar de dramático, sofrido em tantos aspectos, há uma beleza ímpar nesta obra, certamente amplificada pela direção de Walter Lima Jr. A ostra e o vento (1998) fala sobre Marcela, ricamente interpretada por Leandra Leal, na sua estreia no cinema, uma adolescente que vive em uma ilha com o seu pai, o faroleiro José (Lima Duarte) e Daniel (Fernando Torres). Entre as várias histórias que se embrenham na trama principal, a mais poética – e profética - é, certamente, a forma como Marcela lida com a descoberta da sua sexualidade, sem que haja uma mulher como referência, e sob a proteção austera de seu pai. O filme é baseado no livro homônimo de Moacir C. Lopes, e o roteiro é de Walter Lima Jr. e Flávio Tambellini. A ostra e o vento é um mergulho no universo frágil e sagaz de uma personagem que vive, através da imaginação, o que é tolhida de viver na realidade. Marcela convive com a solidão prof

Através dos preferidos

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O ator britânico Matthew Macfadyen Acredito que a maioria daqueles que apreciam o cinema e a televisão, tenham as suas preferências de ator/atriz e de diretores. Em casos como este, dispensa-se a sinopse, indo direto ao produto, sem medo de errar. Raramente, o filme, a série ou a minissérie desapontam, porque ao escolhermos nossas preferências, contamos com o bom gosto daqueles que escolhem os seus papéis. Não que seja impossível nos desapontar, mas pensando desta forma, certamente é mais raro de acontecer. Interpretando Mr. Darcy, em Orgulho e Preconceito Recentemente, assisti pela quinta vez ao filme Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice/2005), de Joe Wright, baseado na obra da escritora inglesa Jane Austen, que eu admiro muito. Neste filme, descobri o ator Matthew Macfadyen, que interpretou o famoso personagem de Austen, o Mr. Darcy. Não é apenas pela complexidade ou por eu ter gosto em me embrenhar em universos de personagens mais densos, mas Macfadyen foi o