Les Revenants é suspense em poesia


A vida, a morte, e as entrelinhas que as conectam, são temas muito inquietantes e atraentes. Por serem recorrentes, destacam-se aqueles que fazem um bom trabalho ao abordá-los, o que é o caso de Les Revenants, série francesa adaptada para televisão por Fabrice Cobert, é baseada no filme homônimo de Robin Capillo, lançado em 2004.


Em uma pequena cidade do interior da França, algumas pessoas, que morreram em períodos distintos, voltam à vida. A última lembrança de cada uma delas é de antes de sua morte, ou seja, eles não sabem como ou por que morreram, por isso voltam ao momento que se lembram. Ao reencontrarem as pessoas de suas vidas, suas histórias vão se revelando.


Gostei muito da forma como o encontro entre o morto e os vivos que ele deixou para trás aconteceu. A variedade de reações não contradiz a verdade de que, por mais que se ame uma pessoa, vê-la voltar à vida, depois de anos encarando o luto, não é fácil de se encarar. Obviamente, trata-se de ficção, mas não consegui deixar de pensar em como lidaríamos com algo assim, caso nossos afetos resolvessem voltar a nossa realidade. 


Les Revenants
 estreou em 2012. Com oito episódios, a sua primeira temporada foi tão bem-sucedida, que a série ganhará remake americano, italiano e russo. Uma versão britânica também foi cogitada.

Agora, é aguardar pela segunda temporada, que ainda não tem data para estrear. Espero que não demore muito mais, que Les Revenants é das que nos deixam ansiosos pelo próximo episódio e pela próxima temporada.





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