Personagens | dois filmes para conferir
Resumindo: eu adoro filmes.
Passei da fase de apenas assisti-los para enxergar a mim como um dos personagens. Sempre os mais esquisitos. Então, a fase que não quer me largar: escrever para um filme.
Sim, eu tenho tentado. A cada romance – publiquei quatro e escrevi sete – vou aperfeiçoando a minha prosa como se escrevesse cenas de um filme. Elas passam na minha mente e eu as transcrevo, depois reescrevo... reescrevo... corto aqui e ali... leio em voz alta... reescrevo...
Eu sou uma escritora apegada aos personagens. Meus romances carecem de descrições físicas, do ambiente, do figurino, o que não ajuda muito quando o assunto é filmes, também porque eu adoraria fazer tudo: escrever, dirigir, produzir. Sonhar é permitido, certo?
Com a pandemia, aquela lista de indicações que mantenho sempre atualizada – já atualizei de novo e quem tem o link pode conferir lá... sabe onde, né? − vem crescendo muito. Assistir filmes, séries e documentários se tornou o programa de todos os dias. Não tenho problema com estilos, mas nem todos os filmes entram para a lista. É preciso que haja algo neles que fique comigo.
Nem sempre é o título, por isso a lista ajuda quando alguém pede indicação.
Com a insônia insistindo em me fazer companhia, decidi escolher um filme, enquanto esperava ela dar espaço para o sono. Arrisquei e escolhi um, porque sou das que arriscam. Na verdade, não aguentava mais ignorar as informações das sinopses e dizer não para as opções da lista de sugestões da plataforma. Assim, escolhi o tal filme porque gostava dos três atores do quarteto de protagonistas.
Lembro bem de quando frequentava as videolocadoras, e depois de muitas incompatibilidades entre a descrição e o filme, desapeguei das sinopses. Elas me deixavam com vontade de reescrevê-las. Então, eu levava a vida perigosamente, escolhendo cinco filmes por vez, sem dar atenção às sinopses. Esse comportamento me levou a assistir filmes fantásticos e a me desapontar com alguns dos celebrados.
Depois de assistir ao filme do quarteto de protagonistas, eu estava mais acordada impossível. Então, decidi escolher outro filme, o que me trouxe a este momento. Como já disse, eu gosto de personagens e os dois filmes contam com alguns bem interessantes.
O amado apresentador de TV que passa a ser odiado, a mãe de um rapaz com sérios problemas de saúde, a filha de um político e o entregador de pizza acabam companheiros em uma jornada de descobertas e algumas loucuras.
Tudo acontece em Nova York (Happythankyoumoreplease/2010) é um filme sobre tempo, aprendizado e relacionamentos. Sam Wexler (Josh Radnor) é um escritor de contos que deseja publicar um romance. A passagem das histórias curtas para as longas pontua a própria vida do escritor, que se vê diante de escolhas que exigem que ele amadureça.
Sam conhece o menino Rasheen (Michael Algieri) e se encanta pela funcionária de um bar, Mississipi (Kate Kara). Ambos se tornam pessoas fundamentais na jornada dele rumo à percepção mais apurada sobre seus relacionamentos.
Josh Radnor, conhecido por interpretar Ted na série How I Met You Mother, além de atuar, escreveu o roteiro e dirigiu Tudo acontece em Nova York. Não é o primeiro filme no qual ele atua, além de ser responsável pelo roteiro e pela direção, do qual eu gosto. Histórias de amor (Liberal Arts/2010) já faz parte da minha lista há algum tempo.
Uma longa queda e Tudo acontece em Nova York estão disponíveis no Amazon Prime.
Eu assisti a um terceiro filme, mas este ficou fora da lista.
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Clique aqui e confira a lista de indicações.
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